Sabrina estava em casa se arrumando, e muito
ansiosa, afinal, era seu primeiro dia de aula. Sua avó estava arrumando-a, e a
irmã mais nova, com uma enorme janelinha nos dentes, a irritava, como sempre.
A garota não ouvia sua irmã, pois havia
achado a escola muito legal quando passara em frente dos portões com sua mãe um
mês atrás. Não era uma escola grande. Era pequena com três salas. Confortável
no geral.
Quando o relógio marcava 6:45 horas, elas,
Sabrina, a avó e a irmã, saíram em direção a primeira escola que iria frequentar.
O caminho não foi longo. Chegando em frente
ao prédio da escola, Sabrina não se sentiu segura.
Ao entrar, a menina percebera que todos estavam
a sua espera, e que, na verdade, não era o primeiro dia de aula de todos, e
sim, o dela, e somente o dela, as aulas já tinham começado a algum tempo.
Então veio em sua direção, quem seria sua
professora. Sabrina, escondeu - se atrás da avó, perto da irmã.
- Oi mocinha, não precisa ter medo, meu nome
é Iragi.
Mas somente as palavras não a confortariam.
Ela não queria mais se desgrudar da avó, tomando muito tempo para resolver
soltar-se do braço dela.
E no momento que sua avó, fez menção de ir
embora, as lágrimas começaram a brotar dos olhos negros da garota. E Iragi,
aconselhou a avó ir embora, que logo, Sabrina iria parar de chorar.
A avó, fez o que a professora pediu, e
passou pelos portões, ouvindo o choro, que cada vez ficava mais alto.
A menina que a professora tinha segurado no
pulso, tentou se soltar, mas não conseguiu, até que, com um puxão, saiu
correndo, em direção à saída. Porém, lá havia outro “obstáculo”, o porteiro. O
porteiro tinha visto toda a situação, e, ao ver a menina, segurou-a pelos
braços. Mais uma vez presa! Sabrina não conseguiu se libertar com tanta
facilidade de antes. Mas, a menina fundou suas unhas na mão do pobre porteiro,
que logo, as abriu, soltando os braços dela, onde, saiu correndo.
Logo, avistou as duas, avó e irmã, no fim da
rua, e correu o máximo que pode. A avó, vendo a neta, se surpreendeu, e
Sabrina, vendo a avó, reparou que ela estava chorando.
Voltaram para escola, onde a diretora disse
a avó:
- A senhora não deveria
chorar na frente dela, só irá fazer com que ela não queira ficar!!
A neta, que já tinha parado de chorar,
sentiu-se culpada, pela avó ter que levar uma advertência por sua causa.
Então, pela avó (e porque sabia que sua irmã
iria rir dela pelo resto da vida), Sabrina decidiu ficar, e sem chorar.
Afinal, até que foi uma boa ideia ficar,
pois foi a melhor experiência. O prezinho.
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