Invadindo a Escola - Gideão Maciel de Lima

Então lá estávamos nós sem rumo, planejávamos a semana toda jogar futebol, mas só sobrou o final de semana livre, e em todos os lugares que íamos para jogar já haviam pessoas usando o espaço e de repente olhei a minha esquerda e estávamos em frente a uma escola, então disse a Francisgleidsson e a Pedrinho.

-Tive uma idéia podemos pular o muro dessa escola e poderemos nos divertir.

Não sei se foi a melhor idéia, mas acabamos pulando. Primeiro pulou Francisgleidsson depois foi eu, logo que coloquei meus pés ao chão me deparei com, com um grama enorme, grafite por toda a parte, o portão estava amassado, janelas quebradas a única coisa intacta era a quadra da escola, poderíamos dizer que ela estava a nossa espera, então depois de Pedrinho ter pulado sacou a bola que estava em sua mochila e fomos correndo por entre aquela grama alta até chegarmos à quadra.

Por dentro dos matos não podíamos ver que na quadra havia algo estirado no chão. Ao chegarmos até a quadra vimos a quilo e nos aproximamos para ver melhor, tinha um cachorro preto com algumas manchas brancas.

Como estávamos ali para nos divertirmos deixamos aquilo de lado e fomos curtir a quadra. Quando fui fazer um golaço Francisgleidsson que estava no gol gritou:

- Olhem para trás!

Rapidamente parei e disse:

- O que foi? - Ele me respondeu:

- Apenas olhe!

No mesmo momento eu e Pedrinho olhamos para ver o que acontecia e aquele cachorro que havíamos esquecido começou a se levantar e a rosnar estranhamente na nossa direção, disfarçadamente começamos a dar passos para trás, contendo os movimentos bruscos e a cada passo que o dávamos ele se aproximava rapidamente, foi então que cada um de nós decidimos correr em direção opostas, mas aquele cachorro seguiu apenas a mim, em poucos segundos ele me alcançou, tudo o que eu via para me defender era a areia do chão, então mais que depressa me abaixei e enchi minha mão de areia e joguei nos olhos do cachorro no mesmo momento e me mordeu. 

Como o animal perdeu a visão por alguns segundos foi o tempo necessário para jogarmos uma pedra em sua cabeça para deixar ele inconsciente.

Então pulamos o muro de volta, e eu fui o último a pular. Assim que eu escapei bati com a cabeça no chão, conseqüência do pulo que dei.  E com um susto eu saltei da cama e só então percebi que não passara apenas de um sonho.