Após uma
semana de troca de olhares, ele parou e perguntou meu nome, eu toda
envergonhada respondi Maria Eduarda, ele deu um sorriso de lado e disse:
Prazer, meu nome é Gabriel. Depois de alguns minutos de conversa o sinal bateu
e fomos cada um para sua sala de aula. A partir deste dia, todos os outros nós
passávamos ali conversando; essas conversas duraram uns três meses e o que
parecia é que um romance estava prestes a nascer.
Tudo ocorria
muito bem, até que no dia 20 de Maio, algo inesperado aconteceu, ele estava
descendo as escadas da escola, tropeçou e caiu desacordado em minha frente. Ele
foi para o hospital, porém teve traumatismo craniano e ficou em coma. Era nítido
o sofrimento da família, porém como eu não era ‘’próxima’’ não podia visita-lo,
acompanhava o desenvolvimento através das redes sociais e boatos que ouvia na
escola.
O tempo passou
e ele foi ‘’liberado’’ para ficar em observação em casa. Arrumei-me e fui
encontra-lo no hospital. Chegando lá encontrei uma jovem, com a aparência de
uns dois anos mais velha, e resolvi perguntar sobre o Gabriel. O nome dela era
Júlia, após alguns segundos de conversa ela me disse que era a namorada dele.
Meu mundo desmoronou, me vi no meio de um abismo, esperando alguém me empurrar.
Porque ele fez isso comigo? Porque escondeu isso de mim? Será que só me
usou? Naquele momento o desejo de me
vingar tomou conta de mim, contei tudo para ela e parece que nosso pensamento
foi o mesmo, mata-lo.
Julia tinha
carteira de motorista e ficou responsável por levar o Gabriel para casa.
Combinamos que íamos colocar fogo no carro com ele dentro. Nosso plano estava
perto de se cumprir, entramos no carro e em uma virada da estrada o carro
capotou. Depois de alguns minutos de agonia, vi meu desejo de vingança
realizado, estávamos nós três mortos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário