sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Começo – Lucas de Almeida Santos

Acordado as 10 horas da manhã estava ansioso para meu primeiro dia de aula. 5ª série, começo de uma nova era, uma nova escola. Uma nova aventura, não havia dormido muito esta noite, A ansiedade não permitiu. Ainda deitado em minha cama, imaginei como seria o lugar totalmente novo pra mim. Então levantei e fui verificar minha mochila, preparada já fazia vários dias, materiais novos ocupavam a pequena mochila azul. Tomei um café-da-manhã bem reforçado e fui ver um pouco de TV. Para relaxar um pouco. Passava numa reportagem, crianças desaparecidas misteriosamente, mudei para desenhos. Para afastar esses pensamentos ruins. Pouco mais tarde, tomei banho, me arrumei e almocei. E esperei por meu amigo, que me levaria para a meu primeiro dia de aula. Ele já estudava lá fazia um ano. Conhecia o ambiente, bem, pelo menos melhor que eu. Finalmente, vi ele se aproximar de mim.
- Preparado para seu primeiro dia? – perguntou o alto garoto com um sorriso no rosto
- Na verdade, Não- Respondi sério
Chegando lá, ele me apresentou alguns de seus amigos, e quando entrei na enorme escola azul, fiquei espantado, minha antiga escola era muito diferente. A escola e totalmente lotada era nova para mim. Sentamos em um banco e esperamos o início das aulas. Tempo depois, soou o sinal, nunca tinha ouvido este som, agudo e alto, sabia que o odiaria pelo resto de meu tempo naquele lugar. Estrava um pouco distraído. E nem percebi meu amigo se levantando e indo em direção a sua sala.
Logo, me vi em um pátio vazio e silencioso. O lugar lotado com diversas crianças e adolescentes se transformara num lugar com poucas pessoas andando por ai. Perguntei a uma inspetora aonde ficava minha sala. Após ela responder. Me encaminhei a uma escada. Um pouco vazia, habitadas apenas por alunos enormes e ameaçadores. Subi as escadas e logo falei com outra inspetora:-
-Aonde fica a sala 2?
-Neste corredor- ela respondeu sorrindo de forma estranha, apontando com o dedo longo e com unhas vermelhas. Um corredor, com as paredes com um tom azul escuro. Longo e vazio, com suas portas fechadas. Segui o caminho e ao longe ouvi vozes, ou gritos. Passando as salas, uma a uma, os gritos aumentavam.
Finalmente cheguei a sala 2. Os gritos ficavam mais alto. E ouvia uma risada estranha também. Senti um vento frio desconfortante. Abaixo da porta. Tive a impressão de ver sombras. Finalmente, toquei a fechadura fria e metálica. Quando a abri vi todas as crianças e adolescentes desaparecidos. Amordaçados e amarrados, inclusive meu amigo. De frente a eles. Um senhor careca, alto e forte. Junto de duas enfermeiras. Com a roupa ensanguentadas. A única coisa q pude fazer foi fugir. Ao descer as escadas tropecei e cai, batendo de cabeça no chão. A última cena que vi. Foi o senhor alto e forte, Me puxando pelo pé de volta para a sala 2.

Quando acordei, lembro de ver o rosto de um policial e o senhor alto com algemas. Mais tarde minha mãe me contou sobre o senhor que raptava crianças. Nunca mais pude esquecer essa história. Mesmo quando me mudei para outra cidade, em busca de proteção.

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