domingo, 10 de agosto de 2014

Canções de Assassinato - Wesley Lorran C. Siqueira

Seis e quarenta e cinco da manhã, uma manhã como todas as outras, exceto pelo que aconteceria em algumas horas.
Um casal de adolescentes espera juntos do lado de fora do portão da escola, como era de costume. Em uma casa, não muito longe dalí um garoto se prepara para fazer algo terrível que mudará a rotina dessa pacata cidade.
Há cinco anos, um garoto chamado Ulysses esteve envolvido em sérios problemas, era um garoto problemático, sempre envolvido em confusão, não se dava bem com ninguém. Durante um intervalo houve uma briga, um garoto que estava zangado com Ulysses se exaltou e o atacou.
Logo após o início da briga os professores chegaram e os separaram, não era a primeira vez que brigavam e por essas brigas terem se tornado frequentes foram expulsos.
Quando Ulysses retorna a casa encontra sua mãe bêbada, caída no sofá com uma bituca de cigarro ainda acesa entre seus dedos. Daquele dia em diante sua vida e a de sua família só piorariam, sua mãe colocaria fogo na casa e morreria em um incêndio, ele viveria passando de instituição de   reabilitação a outra em poucos meses.
Depois de anos de prisões frequentes Ulysses está livre e decide se vingar das pessoas que arruinaram sua vida. Com um ódio e um desejo de vingança que só cresceu com o tempo e com as frequentes prisões, mais velho, Ulysses motivado unicamente por seu desejo de vingança está pronto, todos os seus preparativos foram feitos, sai de sua casa e se dirige ao local que é a causa de seus problemas.
Carlos e Amanda, agora juntos e no intervalo estavam conversando quando são interrompidos por uma série de sons estranhos: gritos, passos e tiros.
Dez minutos após começar a abrir fogo contra os jovens, Ulysses já havia matado metade dos alunos do colégio, alguns fugiram e conseguiram chamar a polícia.
Quando o jovem sargento chega ao local ele se depara com uma cena bizarra: corpos por todos os lados, sangue nas paredes e poças pelo chão, o assassino estava coberto pelo sangue das vítimas, com um sorriso doentio Ulysses encara os policiais que estão na sua frente, ele tem dois reféns, Carlos e Amanda. Carlos está no chão, Amanda junto a Ulysses com uma arma apontada para a cabeça.
Com seus homens o oficial avança bravamente com o olhar fixo no assassino, inicia-se a negociação:
- Solte as crianças assassino! Já não basta a morte desses inocentes? - Indaga o policial.
- Inocentes? - Questiona ironicamente Ulysses.
           Nesse mesmo momento uma arma dispara, e outra, e mais uma vez, um policial é ferido e um refém é morto, é Carlos. E o assassino cai de joelhos.
- Carlos! - Grita Amanda.
Tarde demais, ele já está morto.
Ulysses com sua visão escurecendo tem apenas uma chance! Ele atira e acerta a garota.
O oficial dispara e mata o homem que ainda continua a sorrir, corre para socorrer a garota.
Estão em uma ambulância à cem metros do hospital quando a garota morre. Aquela pacata cidade e seus habitantes nunca mais serão os mesmos.


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