Seis e quarenta e cinco da manhã, uma manhã como todas as outras, exceto
pelo que aconteceria em algumas horas.
Há cinco anos, um garoto chamado Ulysses esteve envolvido em sérios
problemas, era um garoto problemático, sempre envolvido em confusão, não se
dava bem com ninguém. Durante um intervalo houve uma briga, um garoto que
estava zangado com Ulysses se exaltou e o atacou.
Logo após o início da briga os professores chegaram e os separaram, não
era a primeira vez que brigavam e por essas brigas terem se tornado frequentes
foram expulsos.
Quando Ulysses retorna a casa encontra sua mãe bêbada, caída no sofá com
uma bituca de cigarro ainda acesa entre seus dedos. Daquele dia em diante sua
vida e a de sua família só piorariam, sua mãe colocaria fogo na casa e morreria
em um incêndio, ele viveria passando de instituição de reabilitação a outra em poucos meses.
Depois de anos de prisões frequentes Ulysses está livre e decide se
vingar das pessoas que arruinaram sua vida. Com um ódio e um desejo de vingança
que só cresceu com o tempo e com as frequentes prisões, mais velho, Ulysses
motivado unicamente por seu desejo de vingança está pronto, todos os seus
preparativos foram feitos, sai de sua casa e se dirige ao local que é a causa
de seus problemas.
Carlos e Amanda, agora juntos e no intervalo estavam conversando quando
são interrompidos por uma série de sons estranhos: gritos, passos e tiros.
Dez minutos após começar a abrir fogo contra os jovens, Ulysses já havia
matado metade dos alunos do colégio, alguns fugiram e conseguiram chamar a
polícia.
Quando o jovem sargento chega ao local ele se depara com uma cena
bizarra: corpos por todos os lados, sangue nas paredes e poças pelo chão, o
assassino estava coberto pelo sangue das vítimas, com um sorriso doentio
Ulysses encara os policiais que estão na sua frente, ele tem dois reféns,
Carlos e Amanda. Carlos está no chão, Amanda junto a Ulysses com uma arma
apontada para a cabeça.
Com seus homens o oficial avança bravamente com o olhar fixo no
assassino, inicia-se a negociação:
- Solte as crianças assassino! Já não basta a morte desses inocentes? -
Indaga o policial.
- Inocentes? - Questiona ironicamente Ulysses.
Nesse mesmo
momento uma arma dispara, e outra, e mais uma vez, um policial é ferido e um
refém é morto, é Carlos. E o assassino cai de joelhos.
- Carlos! - Grita Amanda.
Tarde demais, ele já está morto.
Ulysses com sua visão escurecendo tem apenas uma chance! Ele atira e
acerta a garota.
O oficial dispara e mata o homem que ainda continua a sorrir, corre para
socorrer a garota.
Estão em uma ambulância à cem metros do hospital quando a garota morre.
Aquela pacata cidade e seus habitantes nunca mais serão os mesmos.
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