quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Casos de família - Andressa Cristina P. Nascimento

A menina tinha muitos problemas com a mãe, viviam brigando. A mãe de Andressa estava de folga do serviço e resolveu levar a família e os amigos à praia para passar um final de semana. Ao chegar lá, a Andressa se comportou perfeitamente bem, mas no último dia da viagem os amigos da mãe dela resolveram comprar uma porção de batatas, só que a menina estava com muita fome e acabou comendo quase toda batata.
Durante o caminho para casa, a mãe de Andressa começou a reclamar com a filha por ela ter comido as batatas: a mãe explicou que era para todos e não só para ela.
Quando chegaram em casa a mãe não estava falando com ela e então deixou a Andressa de castigo sem computador. Ela ficou muito brava com esta injustiça de ficar sem computador por causa das batatas. À noite a mãe iria trabalhar, mas a menina estava nervosa então...
Andressa foi até o ponto de ônibus onde a mãe estava e começou a discutir com ela dizendo que iria quebrar toda a casa se a mãe não deixasse ela usar o computador. A mãe naquele momento ficou sem controle e deu um tapa na cara da filha! A filha, por outro lado, deu um tapa na cara da mãe e continuou dizendo que quebraria toda a casa. Então a menina foi para casa, pegou uma faca e esfaqueou toda a porta e tirou uma foto no celular para mostrar.
A filha desceu até o ponto de novo e sua mãe disse:
- Se a porta estiver esfaqueada vou bater em você!
A mãe imediatamente saiu do ponto de ônibus e foi ver se a filha tinha feito realmente o que pensou, só que a menina saiu na frente da mãe e entrou e trancou a porta, e a mãe não tinha a chave.
Só que em um momento a menina abriu a porta e a mãe foi arrebentando a cara dela pelas escadas!
Uma vizinha saiu de casa e foi separar a briga só que a mãe estava rasgando a roupa de Andressa e batendo muito nela. A mãe trancou a porta e não deixou a filha entrar, e acabou perdendo o dia de serviço.
Andressa dormiu na casa de uma vizinha.
Na segunda-feira, Andressa tinha que ir à escola para entregar um trabalho importante só que não pôde ir, pois estava sem roupa e sem o material escolar. Ela tentou falar com a mãe para que abrisse a porta, mas a mãe só abriu à tarde.
A mãe disse para filha que não queria ela mais em casa. A menina não queria sair. A vizinha chamou a polícia.
Quando a polícia chegou, a filha disse que preferia morar com o pai, então o policial a levou até o 4ºDP acompanhada da mãe. Quando chegaram à delegacia registraram o B.O.
Depois de um tempo veio o Conselho Tutelar, perguntaram:
- Você tem uma boa convivência com seu pai?
- Sim – respondeu Andressa.
Ela estava muito aflita com tudo, pensava que iria parar em um abrigo para menores. O moço falou que não iria morar com o pai, então foram até o Conselho Tutelar. Chegando lá, a mãe deu sua versão sobre o acontecimento e a filha também. A moça que as atendeu conversou com as duas e disse para a mãe levar as coisas da filha para o Conselho. Um tempo depois, a mãe veio com cinco sacolas grandes pretas (que se utiliza pra colocar lixo), dentro das sacolas estavam as roupas.
A Andressa estava muito assustada e com o orgulho ferido. Quando deu 16h40 pegaram as sacolas dela com as roupas dentro e colocaram no carro. Foram até a Vila Barros, onde seu avô mora, pois não conseguiram localizar seu pai. Quando chegaram, a moça do Conselho Tutelar e a menina sentaram no sofá, e enquanto o motorista trazia as sacolas, a moça estava explicando para o avô o fato:
- O senhor tem que assinar este papel, e se preferir não assinar, a Andressa irá para um Abrigo, pois a mãe não a quer e o pai não foi localizado.
Então ele assinou o documento.
A moça virou para menina e disse “Boa sorte” e foi embora.
Demorou um tempo e sua tia Potira que mora ao lado da casa do avô chegou. O avô contou a ela o que tinha acontecido e a tia falou que Andressa iria ficar na casa dela até o pai vir buscá-la.
Então a menina tomou um banho na casa do vô e foi para casa da tia.
Na terça-feira, Andressa perdeu a aula novamente; ficou na casa da tia com seu primo de 5 anos; fez suas coisas normalmente.
Na quarta-feira também perdeu a aula e teve um dia normal.
Na quinta-feira, Andressa resolveu ir à escola. Conversou com sua tia e ela disse que achava sua escola muito longe. Seu avô falou que iria acordar de manhã cedo para leva-la até o ponto de ônibus. Com tudo combinado, Andressa acordou 4h30 para se arrumar para ir à escola. Ela e seu avô foram caminhando até o ponto de ônibus que fica longe. Eles subiam a subida da Tiradentes e durante o caminho iam conversando. Chegaram ao ponto e o ônibus veio logo. Depois de um tempo o ônibus chegou no Terminal Pimentas e lá, Andressa tinha que pegar o ônibus 731, para descer na porta da escola. E quando se atrasava um pouco acabava chegando tarde.
Neste dia, chegou atrasada e sem a camiseta da escola. A direção perguntou por que estava chegando atrasada, Andressa contou o que tinha acontecido:
- Você vai ter que fazer transferência, pois não vai conseguir chegar a tempo. – disseram.
- Mas eu quero continuar na escola por que gosto muito da escola e dos amigos que eu tenho.
A direção mandou a menina ir para a sala de aula e ela foi. Quando terminou a aula de matemática, Andressa chamou o seu amigo Janderson para conversar e durante a conversa ela contou a ele o que estava acontecendo, seu amigo deu alguns conselhos: disse para ela ficar calma e que tudo iria passar.
Andressa ficou na escola até 12h30, normalmente como sempre fica. Quando foi a hora de ir embora para casa, ela teve que pegar um ônibus para o Terminal Pimentas. Quando chegou no Terminal estava com fome, pois demora para chegar na casa da tia. Lá teve que pegar o ônibus Bom Clima para ir até perto da Tiradentes. Quando chegou, desceu a Tiradentes até a Vila Barros, para casa da tia.
Quando chegou na tia era 14h30, já tinha almoço feito e ela estava com muita fome pois não tinha comido nada, então almoçou e teve um dia normal.
Na sexta-feira fez a mesma rotina.
Andressa ficou fazendo essa rotina por volta de duas semanas inteiras.
Depois de uma semana, a mãe de Andressa ligou para ela, porém quem atendeu foi sua tia, pois a menina estava magoada com tudo aquilo.
No sábado à noite, o avô de Andressa levou ela até a casa do pai que fica no São João. Ela chegou na casa do pai ansiosa para começar uma nova vida.
Quando chegou veio correndo a Vitória, de 8 anos, que ficou feliz em saber que tinha uma irmã e começou a mostrar a casa. Depois em seguida veio a madrasta dela carregando o Matheus, de 1 ano. Andressa ficou feliz em ver seu irmão. Mais tarde, Cícero, pai de Andressa, chegou. Depois dos encontros, ela continuou sua rotina, como estava fazendo.
Depois de um mês na casa do pai, Andressa resolveu ir a Igreja em um domingo junto com a madrasta, que é evangélica, e seus irmãos. Na Igreja, ela resolveu fazer um livramento, e depois se sentiu super bem. E no dia seguinte tinha que ir à escola.
Andressa foi à escola no dia seguinte normalmente. Na hora de ir embora pegou um ônibus para o Terminal Pimentas, e de latinha que pegar o ônibus 721 para ir para casa do seu pai.
Era um dia chuvoso, Andressa estava dentro do ônibus quando ele caiu em um córrego perto de uma escola. A menina estava sentada no banco do lado esquerdo; aconteceu muito rápido, mas percebeu quando o cobrador saltou pela janela para se salvar; foi quando Andressa se segurou e em seguida o ônibus caiu. Ela estava desesperada, as pessoas queriam se salvar, sair logo de dentro daquele córrego. Quando tiraram ela de dentro do ônibus, ela avistou várias viaturas e ambulâncias e em seguida foi levada para o Hospital Maria Dirce, próximo ao acidente, pois estava com o braço machucado.
Seu pai ficou muito bravo com ela, pois queria que saísse do acidente e fosse direto para casa, então ele foi até o hospital junto com sua irmã.
Andressa estava com problemas com seu pai.
No dia seguinte, faltou a escola. Na quarta-feira foi à escola, seu amigo Janderson perguntou o que tinha acontecido, ela explicou tudo e seu amigo ficou assustado.
Durante o tempo que passou com seu pai, Andressa começou a ter problemas com ele. Um dia decidiu ligar para sua mãe, arrependida, pedindo desculpa à mãe.

E então, depois de 3 meses na casa do pai, voltou para a casa da mãe e conseguiu voltar para a sua vida escolar normalmente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário