quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Alegria sepultada – Mayara dos Santos Costa

Em seu rosto lívido
Luzidia seu sorriso,
Que como o sol do amanhecer,
Apenas seu sorriso
Iluminava meu entardecer.

Em seu rosto lívido
Brilhavam duas estrelas peraltas
Tingidas com o arrebol do alvorecer,
Que brincavam nas nuvens mais altas
Quando começou a chover.

A chuva enegreceu seu vergel
E o mais perturbador trenó
Ela trouxe do céu
Furtando seu sorriso pueril
E sombreando seu pobre olhar juvenil.

Em meio ao nevoeiro
Surgiu seu algoz,
Um anjo negro
De olhar atroz
Que encetando sua agonia
Empurrou no abismo
Seu corpo sem alegria

Sua cama etérea
Cheia de flores
De todas as cores,
Guardo em repouso
Um corpo sem vida,
Uma alma ferida
Que leva consigo
Os sonhos e as lembranças
De uma doce, inocente criança!


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